Greve por tempo indeterminado. Nova assembleia: 26/04.



assembleiaEm assembleia realizada no dia 19 de abril no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista, Capital, mais de 20 mil professores decidiram entrar em greve por tempo inde­terminado a partir de segunda-feira, 22 de abril, pelas seguintes reivindicações centrais:
 Reposição salarial de 36,74% (mar­ço/98 a março/2013).
 Reajuste imediato de 13,5%: 2%, mais 5% referentes à recomposição do reajuste prometido para 2012, mais 6% de reajuste já previsto na lei complementar 1143/11.
 Implantação da jornada do piso (33% para atividades extraclasse, rumo aos 50%), nos termos do Parecer CNE/ CEB 18/2012 e/ou da sentença judicial conquistada pela APEOESP.
 Extensão dos direitos dos professores da categoria “F” aos professores da categoria “O”.
 Concursos públicos para que todos tenham a oportunidade de efetivar-se.
 Direito de atendimento no IAMSPE aos professores da categoria “O”. Pela derrubada do veto do Governador ao projeto de lei que garante este direito.
 Contra a privatização do Hospital do Servidor/IAMSPE.
 Contra a remoção ex-officio, designa­ção por perfil e avaliações anuais nas escolas de tempo integral.
 Por uma escola de tempo integral que atenda aos interesses dos filhos e filhas da classe trabalhadora. Contra a escola de tempo integral excludente, de quaisquer governos.
 Pelo fim da violência nas escolas. Ronda escolar em todas as escolas estaduais. Políticas e prevenção e combate à vio­lência nas escolas e nos seus entornos.
 Pela derrubada do veto ao projeto de lei que assegura a presença de psicó­logos nas escolas.
 Pela preservação dos direitos dos aposentados.
 Melhores condições de trabalho.
A assembleia aprovou ainda os seguintes encaminhamentos:
No dia 22/04, os professores com­parecerão às escolas para conversar com estudantes, professores e pais.
Nos dias 23/04 e 24/04: atos, pan­fletagens, diálogos com a comunidade e outras atividades regionais.
No dia 25/04 – participação no ato contra a privatização do Hospital do Servidor/IAMSPE – em frente ao Hospital – horário a confirmar.
No dia 26/04 – ASSEMBLEIA ES­TADUAL – 14 HORAS – VÃO LIVRE DO MASP – AVENIDA PAULISTA – SÃO PAULO.
Abaixo-assinados pela derrubada dos vetos do Governador aos projetos de lei que asseguram o direito de atendimento no IAMSPE aos professores da categoria “O” e a presença de psicólogos nas escolas estaduais.
 Enviar faixas às escolas (pelo apoio dos pais).
 Realizar mais uma etapa da Caravana em Defesa da Escola Pública (ônibus adesivados itinerantes na Capital, Gran­de São Paulo e Interior), com distribui­ção de carta aberta aos pais, estudantes e comunidade. A mesma carta deve ser divulgada nas redes sociais.
 Enviar ao Ministro da Educação moção aprovada no Conselho Estadual de Representantes pela homologação do Parecer da jornada do piso.
 Reunião com a SPPrev para discutir os direitos dos aposentados.
A assembleia considerou uma afronta à categoria o reajuste de 2% proposto pelo Governo, sobretudo porque utiliza uma estratégia de tentar enganar os professores, ao dizer que o reajuste é de 8,1%. Omite que 6% já estão previstos na lei complementar 1143/2011. Por outro lado, mesmo insuficientes, os 2% de reajuste só estão sendo concedidos agora face ao nosso movimento e, na prática, “descongelam” a política salarial do governo. Se conseguimos 2%, com a greve podemos conseguir mais.
Os professores também rechaçam as tentativas do Governo de tentar desqua­lificar a APEOESP e de tentar intimidar os professores da categoria “O” e demais professores. Não vamos aceitar. Quanto mais forte a greve, menor o poder de intimidação do governo.
Professores categoria “O” têm direito de fazer greve
Cabe ressaltar que os professores da Categoria “O” têm direito de aderir à greve e, a exemplo dos demais, não podem ser penalizados por conta da paralisação da atividades.
Os professores que se sentirem ame­açados e/ou constrangidos a não aderi­rem ao movimento grevista poderão protocolar requerimento junto à Unidade Escolar, conforme modelo em anexo, a fim de comunicar que as ausências ao trabalho dar-se-ão em razão da greve, requerendo que seja, assim, respeitado o exercício desse direito constitucional.
Ato unificado do funcionalismo
Após a assembleia, realizou-se uma grande passeata até a Praça da Repúbli­ca, passando pela sede da Secretaria de Gestão Pública. Na Praça da República ocorreu um ato unificado do funcionalismo estadual, com a presença de lideranças sindicais, deputados, centrais sindicais, partidos, entidades estudantis e outras entidades da sociedade civil. Outros seto­res, como a saúde, segurança, transportes também estão em mobilização salarial e os movimentos tendem a crescer.

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