O Governo do Estado anunciou hoje, 11/05, o esperado reajuste salarial para o magistério da rede estadual de ensino.
De acordo com a proposta do Governo, que deve passar por aprovação na Assembleia Legislativa, o reajuste total será de 42,2%, escalonado em 4 anos, sempre em 1º de julho, devendo a primeira parcela (2011) ser de 13,8%.
Consideramos a proposta um bom início de conversa, que responde a uma luta de muitos anos da nossa categoria. A proposta reconhece e incorpora os estudos da APEOESP que indicam a necessidade de um reajuste salarial de 36,74% para repor nossas perdas acumuladas desde março de 1998. Reafirmamos, porém, que para nós a data para reajuste deve ser 1º de março, que é nossa data-base, estabelecida em lei do próprio Executivo. Devemos, portanto, discutir essa questão com o Governo.
Também consideramos que há necessidade de mais medidas de valorização efetiva do magistério, que passam por um plano de carreira que atenda às necessidades dos profissionais da educação e que tornem a profissão mais atraente, repercutindo na qualidade do ensino das escolas estaduais. Questões como as formas de evolução profissional, valorização da experiência e tempo de serviço, critérios para aposentadoria, condições de trabalho e outras estão na pauta que continuaremos a debater com o Governo.
Também vemos com bons olhos o anúncio da abertura de vagas destinadas a concurso público para funcionários da Educação. Trata-se de medida necessária, como temos há tempos reivindicado, tendo em vista, entre outras razões, o aumento da incidência de casos de violência nas escolas. Entretanto, não consideramos a nomenclatura gerente administrativo a mais adequada para um dos cargos que será criado. Concordamos com o propósito da medida, que é o de liberar o diretor das tarefas administrativas para que cumpra a sua função precípua, que é a de coordenar o projeto político-pedagógico juntamente com a equipe escolar, mas seria mais adequado que o cargo recebesse a denominação de gestor ou similar. Para nós, o termo gerente remete às características de uma empresa e não de uma escola,sobretudo uma escola pública.
Lutaremos, finalmente, que o Governador convoque no mês de junho, data anunciada anteriormente, todos os aprovados no recente concurso de Professor Educação Básica II e que novos concursos sejam realizados.
Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP
Presidenta da APEOESP
Ao ler isso, percebo que os professores estão entregues ao leões. Uma proposta de arrocho por quatro anos foi aprovada e ela chama isso de um bom início de conversa?
ResponderExcluir